O troço do Seixoso, na Lixa, volta a ser falado por estes dias porque faz parte do itinerário do Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto, que vai para a estrada esta sexta e sábado.
Santa Quitéria, refira-se, ficou de fora da prova de abertura do Campeonato de Portugal de Ralis.
O troço do Seixoso, em pleno Monte do Seixoso, em território do concelho de Felgueiras, é uma referência para os amantes de rali, especialmente para aqueles que durante os primeiros anos da década de 90 do século XX, se deliciaram com o famoso “charco”, um dos pontos emblemáticos do traçado, onde se concentravam milhares de pessoas.
Era um dia “mítico” para o Rali de Portugal à época classificado como “o melhor do mundo”.
Tal com o troço de Santa Quitéria, o do Seixoso, integrou o mapa do Rali de Portugal quando a competição atraía uma verdadeira multidão. Era um dia de festa, de convívio, de confusão, com milhares de pessoas que se amontoavam para ver passar as máquinas.
Aliás, nos dias de passagem do Rali de Portugal por estas bandas, era “Dia de S. Rali”…
Na memória, ficam os bólides a roncar pelos troços concelhios e as boas referências à qualidade dos troços que rapidamente se destacaram no panorama nacional, a concorrer com os melhores.
De referir que Felgueiras se estreou no mapa do Rali de Portugal em 1993. Em 1998 abandonou-o.
Antes, quem quisesse ver o Rali tinha de se deslocar a Fafe (Lameirinha, Luílhas, entre outros locais espetáculo), ou a Amarante (Carvalho de Rei e Fridão, eram as referências), para falar das localidades mais próximas.
22 anos depois o Rali de Portugal regressou a Felgueiras, mas o Seixoso ficou de fora por decisão da organização, devido a limitações da pista.
Pista de Santa Quitéria
Se o Seixoso era um “must”, o troço de Santa Quitéria, não ficava atrás. Era de grande espetacularidade, como todos se recordam.
A especial de Santa Quitéria, nos Ralis de Portugal, destacou-se sempre pela impressionante moldura humana presente, num troço que era curto e de muito fácil acesso ao público. Tudo ajudava a que fosse um local de romaria.
Além disso, onde hoje existe a Alameda de S. Domingos, no Monte das Maravilhas, nos dias que antecediam o rali, era ver os “aceleras” em espetáculo durante a noite, o que causou não só problemas aos intervenientes como a elementos do público.
Eram tempos de “doideira” pelo rali. Foram tempos. Outros tempos.
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