E depois os homens e mulheres bombeiros que dão a vida para nos defender e morrem inocentes…
Num momento em que bombeiros, homens e mulheres com família, como todos nós, perderam a vida, várias pessoas morreram no meio do inferno das chamas, e outras perderam os seus bens, em que há centenas de hectares destruídos pelas chamas, bens materiais transformados em cinzas, a angústia e a incerteza pairam nos corações de muita gente, nos territórios fustigados pelos incêndios, o que há a dizer?
Muito. Muito, diante da maldade, do que de mais abominável há no ser humano.
Pouco ou nada adiantam as análises dos especialistas nisto e naquilo, das críticas e das opiniões sobre o que se fez ou devia ter sido feito, do que se aprende ou não se aprende com o passado. O que importa é o presente, este tempo presente, desolador…angustiante, que nos revela o inferno que existe dentro dos que ateiam fogos!
É tempo, sobretudo, de falar claro: os incêndios são provocados por incendiários! E o lume propaga-se. Como se propaga tudo o que é resultado do mal!
Assistimos à manifestação do mal…à maldade, à desumanidade dos incendiários. O resto é conversa fiada.
Aos bombeiros, a estes homens e mulheres, que ao toque da sirene (aliás, hoje, nem foi preciso a sirene tocar, nem houve tempo para a pôr a tocar…) dão o que podem e o que não podem para evitar males maiores, a nossa vénia. Sentida. Não fossem eles, hoje estaríamos, sem lágrimas…