Os pouco mais de 4 minutos de prova que resultaram na conquista de um medalha de bronze – com sabor ao ouro mais fino, diga-se – no Campeonato Europeu de Natação, pela felgueirense Francisca Martins, são o resultado de horas e horas de esforço, de treino, de superação, de perseverança, de crença, de fé, da atleta nascida e criada na nossa terra.
São uma retribuição ao trabalho árduo, com humildade, longe dos holofotes, do “estrelato” que muitos julgam ter (oh se julgam!)…estando, todavia, redondamente enganados.
São, em suma, o corolário do esforço de quem trabalha, de quem se supera, de quem abdica de quase tudo em prol de um objetivo.
São um exemplo para cada um de nós, para todos. Para todos, mesmo.
Há quem se ache a última bolacha do pacote sem fazer rigorosamente nada, sem se esforçar, sem trabalhar, sem…nada, fazendo de meras “aparições”, como se isso fosse um “must”, o último grito de alguma coisa que só a sua mente egocêntrica e um ego desmedido, que vive no erro, é capaz de acreditar…no inacreditável…
Esses, são, mais tarde ou mais cedo, reduzidos ao que são: a nada.
Em sentido contrário, estão os que se esforçam, trabalham, “dão o litro”, em prol do que pretendem alcançar, mesmo com defeitos, com erros, com dificuldades, alheios aos “arautos da praça”… Estes são os que alcançam pelo seus méritos e não, na ilusória expectativa, de alcançar, pelos méritos que não têm, nem nunca terão.
São os que se levantam todos os dias com a ousadia de atingir, que ousam, procuram, lutam, não se resignam. Desses, um dia, rezará a história. Dos outros, sobrará…o nada. O nada que fazem e que são!
Na nossa terra, não faltam exemplos destes: gente que se acha aquilo que não é, nem nunca será. Desde logo, porque a humildade é uma palavra que não lhes é familiar…
O exemplo Francisca Martins é um grande exemplo. Um bom exemplo de superação. De esforço. E sem esforço nada feito. Nada mesmo. E em Francisca Martins, lembram-se os que querem passar sempre para a “outra margem”. Que não se ficam pelo que acham que está conquistado, quando, afinal, não está.
Os que querem sempre mais, mas que se esforçam por isso, e não ficam sentados “à beira da água, na margem” como se já se tivessem “construído” alguma coisa…quando, afinal, não construíram nada. Nada.
É gente desta, desta boa colheita, que precisámos. Dos outros, estamos fartos porque, afinal, nada fazem, não constroem nada, só desfazem…o que os outros vão fazendo.
Francisca Martins é, assim, um exemplo, aos 20 anos, para aqueles que querem alcançar, com esforço, com trabalho, com mérito.
É difícil, muito difícil, acordar cedo, treinar horas a fio, dedicar-se a um objetivo, perseverar, insistir, acreditar, trabalhar, não desistir mesmo quando os ventos não são favoráveis.
Mas, isso só é conseguido pelos verdadeiros lutadores. Pelos que acham que, por mais que façam, ainda têm muito a fazer.
E, é nisto, que se distinguem os vencedores dos que, no fim de contas, são um fracasso determinado pelo seu pobre e moribundo ego…
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