De povoação a Vila e depois a cidade. A história da Lixa percorre vários decénios.
Povoação durante anos, o decreto da elevação da população da Lixa, à categoria de Vila foi aprovado na reunião do Conselho de Ministros a 1 de abril de 1933.
Mais tarde, a 21 de junho de 1995, a Assembleia da República, aprovou, por unanimidade, a passagem à categoria de cidade.
A centralidade da Lixa sempre foi uma das suas mais valias. Com a EN15, que liga Vila Real ao Porto, outrora denominada Estrada Real, nas proximidades, e a ex-EN 101, que vai até ao Alto Minho, a atravessá-la, a Lixa, território do concelho de Felgueiras, está no “miolo” de uma área que abarca freguesias de vários concelhos: Lousada, Amarante e Celorico de Basto, que se servem daquilo que oferece: bancos, Correios, serviços e comércio.
É certo que os tempos são outros. Há umas dezenas de anos atrás, num tempo em que o acesso a determinados serviços era apenas físico, esta ‘centralidade’ tinha outra expressão e, provavelmente, outra importância, mas de certo modo, esta caraterística, de uma terra com vida própria, ainda vai tendo o seu “quê” de importância.
No dia 21 de junho, a Lixa comemora 28 anos como cidade. O tempo voa, voa, passa, constrói e destrói, cria, altera, mas não apaga a história.
Terra com grandes nomes, entre os quais o mais conhecido talvez seja o de Leonardo Coimbra, filósofo, professor e Ministro da Instrução, fundador da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, “deu” à terra outros filhos ilustres que se tornaram ao longo dos anos expoentes do bairrismo: Artur Bica, Artur Mendes Ribeiro, Padre António Durães, Padre Custódio Marinho – fundador e diretor do extinto Jornal da Lixa – Carlos Coelho, o famoso C. Coelho das “Coisas e Loisas”, Eduardo de Freitas, médico e presidente da Câmara de Felgueiras, José Joaquim Coimbra, ilustre Juiz, António Sousa “Campião”, e filhos adotivos como D. José de Avillez, que trouxe o futebol para a terra, o Prof. Queirós, durante anos Comandante dos Bombeiros, António Cerqueira Magro, Maestro Teixeira Douro, Clemente Quintela Teixeira, e tantos outros, que mais ou menos no anonimato, ajudaram a construir a terra.
A cidade está em festa até ao dia 25, com várias atividades que poderá acompanhar no Felgueiras Diário.