A Rua Costa Guimarães, especialmente desde a antiga Escola Primária Adães Bermudes e o edifício Campo da Feira (esta artéria começa ao cimo da popularmente designada ‘rua dos Bombeiros’), foi durante anos uma das mais movimentadas de Felgueiras.
Com uma escola primária, vários serviços e casas de comércio, bem com cafés e estabelecimentos que vendiam ‘de tudo’, esta rua central, era “um mundo” nos anos 70, 80 e parte dos anos 90 do século passado, até porque ‘desaguava’ no Largo Manuel Baltasar e na Praça da República, junto ao edifício dos Paços do Concelho, onde existiam (e existem) casas de referência.
Paulatinamente foi perdendo centralidade, devido ao encerramento de serviços e casas de comércio marcantes durante décadas.
Outros resistem como a Sapataria Vaz, o Café Belém…
Os exemplos do que, entretanto, se perdeu naquela rua são vários: a Escola Adães Bermudes, a Tipografia Simões, a Casa Pintainho, Sapataria Nélson, o Café Kari, a um conjunto de outros estabelecimentos como a Casa Valinhas, a mercearia do “Bolhãozinho”…
A artéria com o nome de um dos icónicos advogados de Felgueiras que lutou pela criação da Comarca de Felgueiras, foi perdendo vitalidade, centralidade, movimento…mas está viva e resiste às ‘tendências’ do tempo.
Uma das casas mais marcantes da rua ainda hoje está viva. É a Casa Elegância fundada em 1970 (hoje com nova gerência). Uma referência no comércio de vestuário, um pronto a vestir, ao longo de muitos anos, gerida por Manuel da Fonseca Ribeiro que haveria de ficar conhecido por ‘Manuel da Elegância’.
Manuel da Fonseca Ribeiro faleceu aos 76 anos de idade. Foi um comerciante que marcou gerações, cuja presença deixou marcas na ‘paisagem’ de outrora da Rua Costa Guimarães, e que agora nos deixou.
Entrou para o galarim dos comerciantes locais que conseguiram criar uma ‘marca’ que os ‘batizou’ para sempre.
À família, Felgueiras Diário apresenta sentidas condolências.