Baixar a carga fiscal, apoiar as empresas e aumentar os salários. É esta a ideia que o Eurodeputado José Manuel Fernandes defendeu, em Felgueiras, após uma visita à Carité, no âmbito de um dia dedicado ao setor do calçado que incluiu uma reunião com a Apiccaps. Acompanhado por Reinaldo Teixeira, CEO da empresa e de Paulo Gonçalves, da Apiccaps, o Eurodeputado visitou a unidade situada em Felgueiras.
Depois do périplo para conhecer o setor que exportou em 2022 mais de 2 mil milhões de euros, o Eurodeputado defendeu um conjunto de medidas para apoiar uma indústria importante para o país e que em Felgueiras tem grande expressão.
“É importante que os custos de contexto seja reduzidos, como os da energia, por exemplo, mas há uma coisa que retira competitividade a Portugal que é a carga fiscal. Isto reflete-se nos salários dado que os patrões pagam muitos impostos ao Estado”, constatou.
“Em Portugal, devíamos ter um instrumento para a capitalização das pequenas empresas. Era essencial que o Banco de Fomento tivesse músculo e fizesse o seu trabalho. O Governo tem obrigação de apoiar as empresas com instrumentos para a sua capitalização para elas conseguirem suportar as dificuldades que têm”, defendeu.
O Eurodeputado do PSD lembrou que o nosso país nunca teve tanto dinheiro disponível da Europa. “Portugal entre 2021 a 2027 tem 50 mil milhões de euros é preciso investir. É preciso investir. Há fundos que devem ser realçados na área da investigação e na inovação”, disse, lembrando que “a Apiccaps tem uma estratégia muito positiva” e que “merece ser apoiada”, reconhecendo que a indústria do calçado tem feito um grande esforço e por isso é inovadora e competitiva.
Além destes aspetos, abordou a questão da falta de mão de obra, que é preocupante e com tendência a agravar-se no futuro. Para combater este fenómeno, entre outros aspetos, defendeu que aumentar salários é fundamental, mas o Estado tem de colaborar reduzindo a carga fiscal sobre as empresas.