Diogo Cunha tem 25 anos. É treinador de futebol e bombeiro na corporação da Lixa, onde reside.
Atualmente treina o Soalhães, clube do concelho do Marco de Canaveses. Define-se como ambicioso, persistente e solidário. Tem sonhos que quer concretizar…
Como surgiu o futebol na tua vida?
Sempre fui um apaixonado pelo futebol desde que me conheço, quer a jogar com os amigos na rua quer a acompanhar os jogos pela televisão. A primeira memória de um jogo que tenho foi de assistir aos penáltis no Euro 2004 Portugal – Inglaterra.
Ser treinador era um objetivo?
Até aos meus 18 anos não, até porque nunca encarei o futebol como uma profissão. Encarava sim com uma grande paixão pelo jogo enquanto adepto. Como sentia que não tinha capacidade técnica para ser jogador e sempre me senti ligado ao futebol, passou a ser um objetivo quando estava em Lisboa e decidi estagiar numa Escola do Belenenses assumindo na altura petizes e benjamins como treinador adjunto. Correu muito bem, senti que tinha vocação e tirei o curso de treinador de futebol nivel 1. A partir daí consolidei a minha trajetória como treinador de formação e comecei a treinar equipas seniores, escalão onde estou a trabalhar atualmente.
Como está a ser a experiência de treinar apesar de seres ainda muito jovem? Muito enriquecedora, apesar de jovem sempre fui muito respeitado por toda a gente e quando o contexto não é o mais favorável isso obriga-nos a ganhar maturidade muito cedo e sinto que o futebol me ajudou muito a nível pessoal também.
Qual é a meta que pretendes alcançar?
Não coloco metas porque iria limitar as minhas capacidades, coloco sim objetivos a curto médio prazo , e quando são alcançados defino novos objetivos aliciantes. O meu próximo objetivo é treinar uma equipa semi-profissional, que esteja num contexto de Taça de Portugal, sabendo que sou jovem e que é um processo muito longo e exaustivo. Tenho uma grande ambição e trabalho para que as oportunidades surjam.
Qual é a tua principal virtude?
Frontalidade.
Qual é o teu principal defeito?
Apegar-me demasiado.
Qual é o teu lema de vida?
Eu quero. Eu posso. Eu consigo.
Com quem te identificas?
Com o treinador Sérgio Conceição.
Quem são os heróis da vida real?
São as pessoas que têm a capacidade de fazer o bem sem olhar a quem.
Qual foi o momento mais feliz que tiveste?
O nascimento do meu filho.
E o mais difícil da tua vida?
A minha ida para Lisboa.
Qual é o teu maior medo?
Solidão.
O que é que te dá mais ânimo?
Família.
Quais foram as lições mais importantes que a vida te ensinou?
Confiar em mim mesmo. Não sorrir para toda a gente. Persistir e nunca desistir.
O que não dispensas?
A companhia da minha mulher e do meu filho.
O que evitas?
Discussões e más energias.
A maior paixão da tua vida?
O meu filho José Diogo.
Uma pessoa ou facto que te tenha marcado?
Ter conhecido a minha mulher.
O que mais te entristece?
A desvalorização.
O que te faz sorrir de orelha a orelha?
Ver que eu e os meus estamos bem e com saúde.
O que nunca fizeste e gostarias de ter feito?
Ver um jogo no Camp Nou, Estádio do Barcelona.
Qual é o teu maior vício?
Futebol, sou um grande consumidor.
Passatempo preferido?
Uma boa “peladinha”.
Qual é teu prato preferido?
Francesinha.
E qual seria a viagem de sonho?
Las Vegas.
Se pudesses escolher três desejos quais seriam?
Paz no Mundo. Estabilidade financeira para a minha família. Ser treinador de Futebol a tempo inteiro.
Se tivesses esse poder, o que mudarias na tua terra?
Maior valorização, visibilidade e investimento no futebol, principalmente a nível de formação. É preciso que a sociedade perceba que o exercício físico e a prática desportiva são dois dos pilares da nossa saúde. A sociedade está cada vez mais sedentária e um incentivo à prática do desporto seria uma maneira de incentivar a população e haver mais qualidade de vida