Filipe Teixeira: “Os penalties são penalties. Não servem para colocar justiça, apenas encontram o vencedor”

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FILIPE TEIXEIRA

Portugal está fora do Europeu. Caiu nos penáltis contra a França.

O treinador felgueirense, Filipe Teixeira, analisou o jogo para o Felgueiras Diário.

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“Portugal exibiu-se em excelente nível neste jogo a contar para os quartos de final do euro 2024 frente à França”, começou por dizer o treinador que na última época esteve ao serviço do Varziela.

“Uma primeira parte em que as duas equipas procuraram jogar com mais segurança, não arriscando muito nas suas iniciativas ofensivas.
O posicionamento defensivo do setor intermédio francês, com clara preocupação em impedir o jogo dos nossos médios interiores, dava boas possibilidades a Portugal para explorar a superioridade criada nos corredores laterais. Facto que Portugal, na primeira parte, pouco aproveitou. Das vezes que conseguimos tirar partido dessa situação, pecamos na definição dos cruzamentos onde raramente acertamos tempos de cruzamento e de ataque à bola dentro da área, faltando também a chegada dos nossos médios, verificando-se um Ronaldo sozinho na tentativa de disputa desses lances”, analisou.

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“Um dado curioso ainda na primeira parte, foi a colocação estratégica do Rafael Leão para a transição ofensiva. Sempre que a França atacava pelo corredor direito, era pedido ao Rafael Leão para não defender e assim, após o ganho de bola, procurarmos a velocidade do avançado português para lançar o contra-ataque. No entanto, raramente conseguimos lançar ataques nessas circunstâncias colocando o jogador português de frente para a baliza adversária”, prosseguiu.

A segunda metade foi diferente da primeira, de acordo com a análise de Filipe Teixeira.

“Na segunda parte as equipas apresentaram-se mais desinibidas, com um jogo mais rápido e de maior risco. Aos 67’ com a entrada de Dembele, a França alarga a sua frente de ataque e Portugal passa cerca de 10’ de dificuldade com várias ocasiões de golo junto à baliza de Diogo Costa. Portugal responde aos 74’ com a entrada de Nélson Semedo e de Francisco Conceição e, embora não houvessem alterações estruturais, essa paragem permitiu a Portugal tomar conta do jogo e se invertesse o sentido do mesmo. A partir daí, Portugal passa a controlar o jogo permitindo à França apenas algumas saídas rápidas para ataque após perdas de bola portuguesas”, observou o experiente treinador.

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“O prolongamento é uma continuidade daquilo que foi a tendência dos últimos 15’ da segunda parte. Controlo do jogo por Portugal e uma França expectante e que se ia refrescando no banco de suplentes, ficando a ideia de que um Portugal um pouco mais audaz, poderia ter conseguido a vitória. No entanto, convém não esquecer que defrontávamos a vice-campeã mundial e que a qualquer momento também poderia fazer o seu golo”, lembrou.

O desfecho foi o que se conhece: Portugal caiu nas grandes penalidades.

“Os penalties são…os penalties. Não servem para colocar justiça, apenas encontram o vencedor”, rematou.

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