Artista talentoso, com vocação para as artes plásticas e também para a literatura, Sebastião Babo não está esquecido, mas é um desconhecido das novas gerações.
Artista talentoso, com vocação para as artes plásticas e também para a literatura, Sebastião Babo não está esquecido, mas é um desconhecido das novas gerações.
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Com um talento nato, e “formação” adquirida através do estudo, como autoditata, Sebastião Babo, foi talvez pouco valorizado e hoje é, sem dúvida, pouco lembrado. Os mais novos desconhecem mesmo este autodidata que, na sua área artística, talvez tenha sido o nome maior da sua terra.
Sebastião Eduardo de Sousa Babo, de nome completo, viveu e trabalhou, na Lixa, onde nasceu a 20 de janeiro de 1933, embora na inscrição do registo civil refira a data de 1 de fevereiro como a do nascimento.
Entre vários convites para integrar certames internacionais, foi ao concurso de Design dos Jogos Olímpicos de Montreal, no Canadá, e selecionado para certames patrocinados pela UNESCO. Figura na Obra Inglesa “Portuguese 20Th Century Artist” (Artistas Contemporâneos do Século XX)
Nasceu na casa fronteira ao antigo quartel dos Bombeiros (hoje Casa da Cultura) próximo, à Capela de Santo António e à casa do filósofo Leonardo Coimbra, no centro da Lixa.
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Filho de Tiago Pinto dos Santos Babo e de Adelaide Teixeira de Sousa, seu pai, foi um impulsionador de engrandecimento da Lixa, sendo diretor, durante longos anos, do Futebol Clube da Lixa, organizador da Casa do Povo de Borba de Godim, executante da Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Lixa, componente do Grupo Cénico da Lixa e de outras organizações locais.
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Sebastião Babo, foi alfaiate de profissão, tal como o pai, e dedicou todo o seu tempo de lazer ao estudo, especialmente aprofundado na matemática, eletrónica, técnicas modernas, arquitetura e desenho.
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A partir de 1971 viria a dedicar-se, quase exclusivamente à pintura e ao desenho como artista amador.
O seu talento não passou despercebido e, embora de forma discreta, “construiu” uma carreira, com momentos altos, na área da pintura.
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Expôs coletivamente na Galeria Nacional em 1973/74 e na cidade do Porto nos anos de 1975, 1976 e 1977, onde foi galardoado com vários prémios e distinções artísticas.
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As suas obras foram igualmente expostas na galaria do Jornal de Noticias e participou em Exposições Itinerantes patrocinadas pela Câmara Municipal do Porto.
Fez duas exposições na Lixa: a primeira no salão Nobre dos Bombeiros Voluntários e uma segunda na cantina da Escola Preparatória de Vila Cova, e na “Semana Cultural”, realizada na Escola Secundária da Lixa que viria a dar lugar à Expolixa.
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No entanto, a sua primeira exposição realizou-se, ao ar livre, no átrio, junto à antiga escadaria do edifício dos Paços do Concelho de Felgueiras.
Entre vários convites para integrar certames internacionais, foi ao concurso de Design dos Jogos Olímpicos de Montreal, no Canadá, em 1976, tendo sido ainda selecionado para certames patrocinados pela UNESCO. Figura na Obra Inglesa “Portuguese 20Th Century Artist” (Artistas Contemporâneos do Século XX).
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Além de artista plástico, Sebastião Babo foi também prosador e poeta. Concorreu a diversos jogos florais, deixando colaboração significativa nos jornais do concelho de Felgueiras, com natural destaque para O Jornal da Lixa.
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Em, 1989, ano em que faleceu, tinha concebido a maquete da capa do livro das comemorações do centenário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Lixa, o seu último trabalho.
Vitimado por um trágico acidente de viação, perto da sua casa, na Rua Dr. Leonardo Coimbra, zona popularmente conhecida por “Mouraria”, quando pedalava em cima da sua bicicleta, repousa no cemitério da Lixa. Figura na toponímia da Lixa com a justa denominação: Rua Pintor Sebastião Babo.
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